Texto produzido na disciplina de Linguagem e Texto Jornalístico V, sob a orientação das professoras Tattiana Teixeira e Janaíne Kronbauer.

Sentada na arquibancada do meu antigo colégio, assisto a uma mostra de patinação. Sempre me divirto com apresentações musicais, principalmente das criancinhas.
No microfone, chamam um dueto e, quando os patinadores chegam ao centro da quadra, me surpreendo ao notar que se trata de um pai e uma filha – algo que eu nunca havia presenciado em apresentações desse estilo. O nome da apresentação é anunciado: “Amor pai e filha”.
Conforme a música toca, o dueto mostra que ambos possuem uma ótima habilidade sobre rodas. Mas não é isso que chama a atenção. O mais incrível é poder ver a demonstração de amor de forma silenciosa entre o homem e a pequena.
Os sorrisos trocados, a diversão exalada na coreografia rápida. Tudo isso é possível de se sentir na gélida quadra de esportes. Mesmo com o frio, o coração torna-se aquecido pela cumplicidade entre os dois.
Ao final da apresentação, o pai se senta ao chão e a garotinha corre em seus braços. A coreografia é finalizada com um abraço caloroso. Palmas invadem o ambiente. Assobios e “uhuls” também conduzem essa sinfonia pós-apresentação.
Ao sentarem nos espaços reservados para os patinadores ao redor da quadra, o carinho ainda é forte. O pai ajuda a pequena menina, de no máximo cinco anos, a vestir seu casaco azul. A criança se acomoda no colo do homem e os dois continuam a assistir ao resto das apresentações.
Fico imaginando como surgiu a vontade de fazerem uma atividade juntos, pai e filha. Como foi o processo de criação da coreografia deles, a escolha da música, os ensaios. Será que tudo foi cheio de amor desde o início?
Os outros patinadores seguem com suas coreografias, mas de vez em quando dou olhadas rápidas para os dois. Um sorriso se forma em meus lábios todas as vezes. Eles continuam na mesma posição e trocam curtas conversas e sorrisos até o final da mostra de patinação.
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